Monitoramento revela condições insalubres em várias regiões do estado, com impactos na saúde pública e riscos de incêndios florestais
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Monitoramento revela condições insalubres em várias regiões do estado, com impactos na saúde pública e riscos de incêndios florestais
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A qualidade do ar em diversas cidades de Minas Gerais atingiu níveis insalubres, conforme revelado pelo monitoramento da empresa de tecnologia IQAir, especializada em proteção contra poluentes atmosféricos. O mapa interativo da empresa mostra várias regiões do estado em alerta vermelho, indicando condições perigosas para a saúde pública.
As regiões Metropolitana, Central, Zona da Mata, Campo das Vertentes e Sul de Minas Gerais estão entre as mais afetadas, com níveis de poluição do ar classificados como insalubres. A situação é particularmente grave na Grande BH, onde o mapa apresenta uma concentração intensa de vermelho, sinalizando alta insalubridade e ocorrência significativa de queimadas.
A baixa qualidade do ar não se limita a Minas Gerais, afetando toda a Região Sudeste do Brasil, com São Paulo também enfrentando condições preocupantes. No entanto, a situação é ainda mais crítica na Região Norte do país, onde os índices indicam níveis extremos de insalubridade e perigo.
Os ventos estão carregando a fumaça da Região Norte para outras partes do país, agravando a situação em Minas Gerais, que já enfrenta seu período de estiagem. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), setembro é tradicionalmente um mês seco no estado, com as primeiras chuvas geralmente ocorrendo apenas na segunda quinzena.
O clima seco não apenas afeta a qualidade do ar, mas também aumenta o risco de incêndios florestais. Em agosto, foram registrados 5.935 incêndios em vegetação em Minas Gerais, um aumento alarmante de 79,9% em relação a julho.
A professora Taciana Albuquerque, especialista em poluição atmosférica da Universidade Federal de Minas Gerais, alerta: “A qualidade do ar em BH está muito ruim e coloca em risco a saúde da população”.
O monitoramento da IQAir revela que a concentração de PM2,5 em Belo Horizonte atingiu 139µg/m³, nove vezes superior ao valor anual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que varia entre 5µg/m³ e 15µg/m³.
O PM2,5, material particulado com diâmetro de 2,5 mícrons ou menos, é especialmente perigoso por sua capacidade de penetrar profundamente no sistema respiratório. Essas partículas são resultantes da queima de combustíveis fósseis e matéria orgânica, incluindo as queimadas em áreas de vegetação.