Funcionários do Hospital das Clínicas em Belo Horizonte, juntamente com trabalhadores de outras 41 unidades de saúde administradas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) em todo o Brasil, entraram em greve nesta segunda-feira (6). A decisão pela paralisação, que atinge diversas categorias profissionais, surge após o fracasso nas negociações para a reposição das perdas salariais acumuladas nos últimos anos.

Os servidores reivindicam um reajuste salarial de 14%, além de um aumento no vale-refeição e a melhoria das condições de trabalho. Em contrapartida, a proposta da Ebserh foi consideravelmente menor, sugerindo um reajuste de apenas 2,50% para o ano de 2024 e ajustes subsequentes baseados em 80% do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para os anos de 2025 e 2026.

Detalhes da greve

A paralisação inclui médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas e psicólogos, além dos funcionários do setor administrativo. Não apenas o Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, mas também unidades em Juiz de Fora, Uberlândia e Uberaba estão com atividades suspensas.

Lucas Mota, farmacêutico e representante sindical, expressou a frustração dos trabalhadores. “Estamos em negociação desde fevereiro, e a Ebserh simplesmente enrolou a gente. Após três meses de negociações, retrocedeu em algumas propostas sociais e apresentou um índice de reajuste muito baixo, que não cobre nem a inflação do período, muito menos a perda salarial dos últimos oito anos que ultrapassa os 14%”, afirmou.

Diante da negativa da empresa em atender às contrapropostas dos trabalhadores, a greve foi a alternativa encontrada. Uma assembleia está marcada para esta terça-feira (7) para decidir os próximos passos do movimento grevista.