Campanha Setembro Amarelo ganha destaque no estado diante do crescimento alarmante. Pandemia e crise econômica são apontadas como fatores agravantes
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Campanha Setembro Amarelo ganha destaque no estado diante do crescimento alarmante. Pandemia e crise econômica são apontadas como fatores agravantes
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Com a chegada de setembro, inicia-se a edição do Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio. Em Minas Gerais, a campanha adquire maior relevância diante de um aumento significativo no número de suicídios nos últimos meses. Dados preliminares da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) indicam um crescimento de 15% nos casos de suicídio até agosto de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Este aumento alarmante destaca a necessidade urgente de intensificar ações de conscientização e apoio à saúde mental no estado. A campanha Setembro Amarelo, promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), busca sensibilizar a população sobre a importância de discutir abertamente o tema e incentivar a busca por ajuda profissional em situações de risco.
Especialistas identificam que a pandemia da COVID-19, juntamente com a crise econômica subsequente, deixou marcas profundas na saúde mental dos brasileiros. O isolamento social, o aumento do desemprego e a incerteza sobre o futuro são fatores que contribuíram para o agravamento de transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade, frequentemente associados ao suicídio.
“O aumento nos casos de suicídio é um reflexo direto do impacto da pandemia em nossa sociedade. É crucial que intensifiquemos nossos esforços para oferecer suporte e tratamento adequados a quem precisa”, afirma Dr. Carlos Silva, psiquiatra e coordenador da campanha em Minas Gerais.
A SES-MG, em parceria com organizações de saúde mental, está implementando uma série de iniciativas para combater essa tendência preocupante:
Maria Santos, coordenadora de saúde mental da SES-MG, ressalta: “Estamos trabalhando incansavelmente para criar uma rede de apoio robusta. Cada vida salva é uma vitória, e não mediremos esforços para reverter esses números”.
Especialistas enfatizam que a prevenção ao suicídio é uma responsabilidade coletiva. Familiares, amigos e colegas de trabalho são incentivados a estar atentos a sinais de alerta e oferecer apoio.
“O diálogo aberto e sem julgamentos pode salvar vidas. Precisamos criar uma cultura de cuidado mútuo e empatia”, destaca a psicóloga Ana Rodrigues.