Hoje não é um dia ordinário

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Dia de estreia do Galo na Libertadores não é um dia comum. Os ponteiros dos relógios são afetados pela mudança da energia cósmica e, em decorrência disso, andam mais devagar. As notícias do mundo político também são afetadas e, é possível que amanhã mesmo algumas falas sejam revistas já sem a influência magnética causada pela partida.

Como explicar, então, a fala da secretária de Zema, Luisa Barreto, ao se lançar como candidata ao cargo de prefeita de Belo Horizonte e, de cara, atacou o atual prefeito justamente em um ponto em que ele está brilhando. A candidata do Partido Novo disse que vai interromper a falta de diálogo da PBH com os prefeitos vizinhos, esquecendo ou sem saber que, recentemente, foi firmado um plano ousado com o prefeito de Nova Lima, João Marcelo, para destravar os constantes engarrafamentos na divisa dos municípios.

O Galo em campo, mesmo em versão Nutella, altera também as ondas de transmissão e deixam os jornalistas agitados. Mauro Tramonte resolveu, também, se colocar no pleito. A experiência mais emblemática da Igreja Universal no comando da cidade maravilhosa não foi das melhores. Crivella foi um dos piores prefeitos do Rio e olha que político ruim lá não falta.

Até em São Paulo os efeitos foram sentidos. O apresentador José Luiz Datena, que é mais indeciso do que o Mariano, o nosso lateral direito, se lança como vice candidato na chapa da polêmica Tabata do Amaral.

Falar do local da partida também é importante. O Atlético joga, conforme o boletim oficial emitido pelo poder constituído da capital federal, no berço da democracia moderna, a Venezuela. Por pura precaução, os dirigentes do clube querem evitar o consumo da água local e estão levando um grande estoque de Gatorade de Tangerina. Afinal, a democracia venezuelana é água que passarinho e galo não bebem.

Falar em Galo é, também, falar em João Leite, jogador que mais vestiu a camisa do clube com 684 partidas. O agora político vive um grande impasse. Tem gente que o defende como cabeça de chapa para as eleições do final do ano, o que seria uma grande oportunidade para que ele pudesse quitar as dívidas da campanha passada. Isso, até, foi aventado por um cacique nacional do partido. Mas, por outro lado, João Leite foi convidado para ser vice de Bruno Engler, no PL. Estas opções devem estar desagradando o cruzeirense Aécio Neves, que quer descolar o partido dos extremos e se colocar como uma nova opção.

Ao estilo “eu acredito”, o senador Rodrigo Pacheco está tentando reverter o placar do projeto que vai solucionar a dívida de Minas Gerais com a União. Pacheco tomou um gol relâmpago de Haddad, que apresentou a Zema uma proposta completamente diferente da que ele estava costurando. Parte para cima com todas as armas: federalização das estatais, uso da Lei Kandir para abater dívida e condições gerais mais benevolentes para quitar a dívida. Pacheco, no frigir dos ovos, quer chegar competitivo em 2026, mas pode enfrentar o ex-dirigente Kalil, um atleticano raiz. Jogo grande este. Isso se Pacheco conseguir evitar o rebaixamento da aprovação do povo mineiro. Tem torcida na bronca contra o senador!

Após o apito final do jogo, engana-se quem pensa que uma vitória vai trazer tranquilidade ao torcedor e restabelecer a ordem na política. Domingo é dia de clássico, é final contra aqueles meninos magrinhos e com fome de bola, time montado pelo genial Ronaldo Fenômeno. Dependendo do resultado, não se espante se segunda-feira anunciem, novamente, a duplicação de 381. Haja coração!

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