Na manhã desta quinta-feira (13), a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou oficialmente o fim da epidemia de dengue na cidade. O anúncio veio após uma significativa redução nos atendimentos relacionados à doença nas unidades de saúde locais. Em maio, foram registrados 30.190 atendimentos, uma diminuição de 84% comparado aos 193.216 atendimentos de março, que foi o mês de maior demanda. Nos primeiros dez dias de junho, os atendimentos continuaram a diminuir, com pouco mais de 3 mil registros.

Durante o pico da epidemia, a cidade enfrentou um grande número de casos. No entanto, até o momento, foram confirmados 72.624 casos de dengue, com 143.211 casos ainda sob investigação e 70 óbitos. Em relação à chikungunya, foram confirmados 4.880 casos, com 1.834 em investigação e cinco óbitos. Não foram registrados casos de zika.

Investimento e medidas de controle

A Prefeitura investiu R$ 37,2 milhões na saúde durante o período de emergência, dos quais R$ 19,79 milhões foram destinados a contratações emergenciais. “100% das doses contra a dengue disponíveis já foram aplicadas e já estamos discutindo com o Ministério da Saúde a possibilidade de recebermos de outros municípios que ainda têm doses guardadas para ampliarmos a cobertura, inclusive para além da faixa etária indicada”, afirmou Danilo Borges Matias, secretário de Saúde da PBH.

Além da dengue, as doenças respiratórias também foram uma preocupação, especialmente com a aproximação do inverno. Em abril, foram registrados 71 mil atendimentos para doenças respiratórias, 63 mil em maio e 17 mil em junho, com dados ainda parciais. Foram contratados 239 profissionais da saúde, incluindo pediatras, para lidar com o aumento de casos.

A campanha de vacinação contra a gripe foi prorrogada até o fim dos estoques do município. Até agora, 570 mil doses foram aplicadas na população a partir de 6 meses, alcançando cerca de 49% de cobertura no grupo prioritário. Além disso, 46 mil doses da vacina monovalente contra a Covid-19 foram aplicadas em grupos específicos.