Lavagem de dinheiro pode explicar gasolina mais cara em BH

Sindicato suspeita de atuação do PCC e prepara projeto com a Secretaria de Fazenda para identificar práticas suspeitas

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Belo Horizonte registra o preço médio mais alto de gasolina e etanol entre as capitais do Sudeste, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizado nos primeiros nove dias de setembro. A capital mineira também apresenta valores superiores aos cobrados em muitos postos do interior do estado.

O litro da gasolina comum foi encontrado a R$ 5,79 na região central de Minas, R$ 0,57 centavos mais barato que o preço médio de Belo Horizonte.

O Minaspetro, sindicato que representa os donos de postos de combustíveis em Minas Gerais, levantou suspeitas sobre o uso de alguns estabelecimentos por facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), para lavagem de dinheiro.

As operações suspeitas foram identificadas principalmente nas regiões Sul, Triângulo Mineiro e Noroeste do estado.

O sindicato está desenvolvendo um projeto em parceria com a Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF-MG) para auxiliar na identificação de práticas suspeitas de sonegação fiscal.

“Além disso, a entidade iniciará uma campanha junto aos consumidores mostrando a nocividade do mercado irregular para os veículos e sociedade”, destaca o Minaspetro.

A Secretaria de Estado de Fazenda, quando consultada, informou que mantém monitoramento rotineiro do setor de combustíveis, assim como de outros setores da economia, através da Receita Estadual. No entanto, a secretaria não comentou sobre casos específicos para não prejudicar possíveis investigações em andamento.

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