A mineradora Vale concluiu as obras necessárias para corrigir uma anomalia identificada em um dos drenos da barragem Forquilla III, localizada em Ouro Preto, Minas Gerais. Segundo comunicado da empresa, divulgado na última quinta-feira (11), a funcionalidade do sistema de drenagem foi restabelecida, cessando a passagem de materiais sólidos anteriormente observada. Este evento é parte de uma série de desafios enfrentados pelo setor de mineração, que incluem questões ambientais e de segurança.

Numa inspeção realizada na sexta-feira subsequente (12), representantes da Agência Nacional de Mineração (ANM) verificaram a estrutura e aprovaram as medidas implementadas. “A empresa reforça que continuará monitorando a estrutura permanentemente, assim como a efetividade da solução implantada, e empreender todos os esforços para avançar na descaracterização e redução do nível de emergência”, assegurou a Vale em nota.

Irregularidade da barragem

A irregularidade foi notada inicialmente pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas no dia 5 de março, que expressou surpresa com a descoberta e requisitou esclarecimentos à Vale e à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). A falha específica, identificada em um dos 131 drenos da barragem, envolvia o vazamento de sedimentos, conforme um laudo independente acessado pela equipe do Estado de Minas. Este relatório indicava a presença de material terroso saindo de um dos drenos.

Após o problema ser comunicado à Vale, a empresa intensificou o monitoramento da barragem para garantir sua segurança. Segundo o documento técnico da situação, “a anomalia consistiu na observação de material de coloração cinza na tubulação do dreno e na canaleta onde o dreno desagua”. A situação era inédita, pois o material descoberto continha uma fração muito fina de minério de ferro, diferentemente do que havia sido registrado em inspeções anteriores.