O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL), propôs nesta terça-feira (11) uma medida visando coibir confrontos entre parlamentares. Essa proposta surge em resposta a uma sequência de embates físicos e verbais ocorridos dentro da Casa, culminando com uma sessão particularmente tumultuada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Aprovação de urgência

Na sequência dos eventos, o tema foi levado ao plenário da Câmara, onde os deputados votaram pela urgência na tramitação da medida proposta por Lira. A votação resultou em 302 votos a favor e 142 contra, com uma abstenção. Essa decisão acelera o processo legislativo, permitindo que o texto seja votado já na próxima quarta-feira.

Afastamento cautelar

Arthur Lira sugeriu que a Mesa Diretora da Câmara tenha a capacidade de aplicar “afastamentos cautelares” aos deputados que infringirem os limites do código de ética. Em suas redes sociais, Lira expressou preocupação com o clima na Câmara: “Não podemos mais continuar assistindo aos embates quase físicos que vêm ocorrendo na Casa e que desvirtuam o ambiente parlamentar, comprometem seu caráter democrático e — principalmente — aviltam a imagem do Parlamento na sociedade brasileira”.

Reação parlamentar

A medida proposta por Lira gerou reações diversas entre os parlamentares. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que recentemente se envolveu em uma disputa com um membro do MBL, questionou a proposta. “Não dá para aceitar o AI-5 do presidente Arthur Lira. Vai se ampliar desta forma poder do presidente da Câmara e da Mesa Diretora para afastar um deputado federal?”.

Engajamento nas redes sociais

Um levantamento realizado pela consultoria Bites mostrou que as discussões acaloradas têm gerado um aumento significativo no engajamento nas redes sociais dos parlamentares envolvidos. De acordo com os dados, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) liderou o ranking de interações após trocar insultos com André Janones (Avante-MG) em uma sessão do Conselho de Ética.