A Polícia Federal divulgou um novo relatório esta semana, reafirmando que o atentado contra Jair Bolsonaro em 2018, durante a campanha presidencial, foi executado por um único indivíduo, Adélio Bispo. Apesar das persistentes teorias da conspiração, a investigação detalhada incluiu a análise de imagens, mensagens e quebras de sigilos, concluindo pela inexistência de cúmplices.

Investigação da PF

Após uma investigação extensa, a Polícia Federal analisou 2 terabytes de imagens de câmeras de segurança e de mídias sociais, o que incluiu mais de 150 horas de gravação e 1.200 fotos. Além disso, foram examinados 250 gigabytes de informações de mídias, que englobam dados de celulares e computadores, e mais de 600 documentos.

As autoridades também investigaram mais de 6 mil mensagens instantâneas e periciaram computadores em uma lan house que Adélio frequentava. Um total de 40.508 mensagens em e-mails de Adélio, desde 2016, foram revisadas, sem qualquer indicação de envolvimento de outras pessoas.

A Polícia Federal realizou ainda a perícia do celular de uma pessoa crítica a Bolsonaro, apontada por um bolsonarista como suposto cúmplice, porém, nada foi encontrado que sustentasse essa alegação. Da mesma forma, as quebras de sigilo bancário não indicaram movimentações suspeitas, a não ser uma quantia originada de uma ação trabalhista.

Foram realizadas 17 quebras de sigilo telefônico, das quais 12 estavam diretamente relacionadas a Adélio. Outro dado relevante é que o próprio Adélio custeou seu curso de tiro, demonstrando mais uma vez a ausência de financiamento externo para o ato.

“Após retomada de investigações, concluímos que o atentado foi realizado por um único responsável, já condenado e preso”, afirmou a Polícia Federal em nota. O relatório final foi apresentado ao Poder Judiciário, sugerindo o arquivamento do inquérito.