Ex-presidente e diversas figuras de destaque chamados para depor em investigação da PF sobre suposta tentativa de golpe de Estado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 22 indivíduos, incluindo ex-ministros e militares, foram intimados e compareceram à sede da Polícia Federal (PF) em Brasília nesta quinta-feira (22). Eles foram chamados a depor em uma investigação sobre uma alegada tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro chegou às 14h19 na sede da Polícia Federal. Entre os convocados também estavam os ex-ministros Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Os depoimentos foram programados para acontecer simultaneamente, começando às 14h30. Os depoimentos foram realizados em diversos estados, com 14 em Brasília, quatro no Rio de Janeiro, dois em São Paulo, um no Paraná, um em Minas Gerais, um no Mato Grosso do Sul e outro no Espírito Santo.
Segundo as investigações da PF, existem “dados que comprovam” que Bolsonaro “analisou e alterou uma minuta de decreto que, tudo indica, embasaria uma tentativa de golpe de Estado em andamento”. No entanto, Bolsonaro informou que permanecerá em silêncio durante o depoimento e solicitou ser dispensado da presença, pedido que foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes.
A defesa de Bolsonaro negou que ele tenha participado da “elaboração de qualquer decreto que visasse alterar de forma ilegal o Estado Democrático de Direito”. Bolsonaro e os outros intimados foram alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada há duas semanas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma série de medidas cautelares foram aplicadas a Bolsonaro, incluindo a proibição de deixar o país e a necessidade de entregar o passaporte em 24 horas. Ele também foi proibido de se comunicar com outros investigados, inclusive por meio de advogados.
Durante a semana, os advogados de Bolsonaro argumentaram que ele não prestaria depoimento até ter acesso integral às provas do processo. O ex-presidente e sua defesa tentaram obter autorização do STF para não comparecer, mas o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido.