O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) causou polêmica ao compartilhar um vídeo do influenciador Pablo Marçal, no qual este afirmava que as doações destinadas ao Rio Grande do Sul estavam sendo retidas por falta de nota fiscal. A situação descrita no vídeo foi rapidamente contestada, gerando discussões sobre a veracidade das informações e o uso de recursos públicos em momentos de crise.

Contexto do vídeo

O vídeo compartilhado por Cleitinho na segunda-feira (6) sugere que as doações que não possuíam nota fiscal estavam sendo bloqueadas, impedindo que chegassem aos necessitados no Rio Grande do Sul, estado severamente afetado por enchentes. Entretanto, o senador defendeu que a fiscalização havia sido suspensa temporariamente, o que tornaria a acusação de retenção das doações uma informação falsa.

“Apenas republiquei o vídeo do Pablo Marçal, a mensagem principal é a sugestão de usar os recursos do fundo partidário para socorrer o Rio Grande do Sul. Não houve fake news, a própria nota da Sefaz-RS afirma que foi suspensa a fiscalização, ou seja, antes ocorria. São inúmeros vídeos e postagens que circulam na internet registrando situações como a denunciada”, afirmou Azevedo.

Esclarecimento da Sefaz-RS

Diante das alegações, a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz-RS) esclareceu que não havia retenção de veículos transportando doações nos postos fiscais da divisa com Santa Catarina. Segundo a nota, a orientação atual é que todos os servidores liberem as cargas com donativos, mesmo que temporariamente sem nota fiscal. “A Receita Estadual também entende que há empresas que querem ajudar, mas que estão sem luz e, consequentemente, não conseguem emitir nota para o transporte do produto. Neste momento excepcional, as mercadorias podem ser encaminhadas sem a nota, que deve ser emitida em momento posterior”, destacou a Sefaz-RS.

Enchentes no Rio Grande do Sul

As enchentes no Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição significativo, com 90 pessoas mortas até o momento. De acordo com o último boletim da Defesa Civil, divulgado na terça-feira (7), além das vítimas fatais, 131 pessoas estão desaparecidas, 362 feridas e aproximadamente 1,4 milhão de pessoas foram afetadas de alguma forma pelos eventos climáticos.