Apenas três dos dez candidatos informaram despesas, enquanto outros realizam atos públicos sem declarações à Justiça Eleitoral
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Apenas três dos dez candidatos informaram despesas, enquanto outros realizam atos públicos sem declarações à Justiça Eleitoral
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As eleições municipais em Belo Horizonte estão em pleno vapor, com candidatos a prefeito e vereador realizando agendas públicas desde 16 de agosto. No entanto, uma análise das declarações de despesas de campanha revela uma situação intrigante: apenas três dos dez candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte declararam gastos até o momento.
O prefeito Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, lidera os gastos declarados com R$ 275 mil, sendo R$ 49.810 destinados ao Facebook Brasil para divulgação de postagens. Noman declarou uma arrecadação total de R$ 3,8 milhões, com R$ 3 milhões provenientes do diretório nacional do PSD.
O deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) segue com R$ 149 mil em despesas declaradas, divididos entre uma empresa de pagamentos e o Facebook para impulsionamento de conteúdos. Tramonte se destaca como um dos candidatos que mais investiu em plataformas digitais em todo o país.
Gabriel Azevedo (MDB) declarou R$ 25 mil em despesas, com R$ 20 mil direcionados ao Facebook. Sua campanha recebeu R$ 61 mil, sendo R$ 60 mil da direção nacional do MDB.
Os demais sete candidatos não declararam despesas, mesmo realizando atos públicos diariamente. Entre eles, destacam-se:
Bruno Engler (PL) recebeu R$ 10,6 milhões, com R$ 10 milhões do Partido Liberal.
Rogério Correia (PT) recebeu R$ 5,3 milhões do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores.
Duda Salabert (PDT) declarou arrecadação de R$ 4 milhões da direção nacional do PDT.
É importante ressaltar que, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as doações e arrecadações de campanha devem ser informadas na plataforma Divulgacand em até 72 horas. Os repasses do Fundo Eleitoral devem ser declarados em relatórios parciais entre 9 e 13 de setembro.
O TSE adverte que a prestação de contas correta é crucial para que candidatos e partidos mantenham seus direitos. A não prestação de contas pode resultar em penalidades, como o impedimento de obtenção de certidão de quitação eleitoral para candidatos e a perda de acesso a recursos do fundo partidário e do fundo eleitoral para os partidos.