O Presidente da Câmara manifesta descontentamento com o tratamento dado pelo governo à Câmara
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está considerando adiar para fevereiro qualquer decisão sobre a medida provisória que reonera a folha de pagamentos. Isso coloca em risco os planos do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de fechar um acordo sobre o assunto.
Segundo fontes ouvidas pela CNN, Lira está incomodado com o tratamento que o governo vem dando à Câmara e, por enquanto, não pretende tomar nenhuma decisão antes do final do recesso.
Segundo informações confirmadas pela âncora da CNN, Tainá Falcão, Lira, que está de férias em Alagoas, decidiu voltar a Brasília para se reunir pessoalmente com Haddad. Ele teria ficado contrariado ao saber pelos meios de comunicação que Haddad planejava procurá-lo para uma conversa.
Nos bastidores, Lira já vinha expressando descontentamento, tanto em relação ao veto do presidente Lula à desoneração da folha, quanto ao envio da medida provisória revertendo a decisão do Congresso. No momento, ele indicou que não prosseguirá com as conversas de um acordo sem antes consultar o colégio de líderes da Câmara.
Haddad se reuniu na segunda-feira (15) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quando foram acordados os termos preliminares de um acordo pelo qual o governo retiraria a MP que reonera a folha e a substituiria por um projeto de lei.
Na terça-feira (16), Haddad alertou seus assistentes que traria o assunto à atenção do presidente Lula e também entraria em contato com Lira.
Nos bastidores, líderes do PT reagiram dizendo que o presidente da Câmara estava ‘enciumado’ com o espaço dado a Pacheco nas negociações e estava se esforçando para agradar a base bolsonarista no Congresso.
Sendo assim, Lira pode adiar a decisão sobre a reoneração da folha de pagamento até fevereiro, frustrando os planos do Ministro Haddad de fechar um acordo sobre o tema.