O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), manifestou-se publicamente sobre a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, referendada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o funcionamento da rede social X no Brasil. Zema expressou sua preocupação durante a abertura do II Fórum Rio Empreendedor, no Rio de Janeiro, um seminário focado em democracia e liberdade econômica.

Zema demonstrou sua apreensão com os eventos recentes. “Tenho ficado muito preocupado e angustiado com os fatos dos últimos dias. Uma democracia não pode querer calar a boca de ninguém”, afirmou. O governador enfatizou a importância da liberdade de expressão e criticou tentativas de controle dos meios de comunicação.

O governador mineiro comparou a situação com sua própria experiência política. “Se alguém passar a acompanhar os jornais, rádios e TVs de Minas Gerais vão ver que eu e meu secretariado somos atacados diariamente, mas muitas vezes as correções são feitas porque nós escutamos algumas críticas que procedem”, mencionou.

Zema também expressou preocupação com a crescente polarização política. “Isso é algo que também precisa ser alterado, essa polarização não pode ir para determinados extremos, como tem acontecido. Parece que o foco tem sido destruir o adversário e não construir o futuro”, afirmou.

O governador destacou sua abordagem focada em resultados, contrastando com o discurso político tradicional. “Eu tenho uma postura de trabalhar, venho do setor privado, não tenho grande facilidade de fazer aquele discurso polêmico, envolvente, que muitas vezes quem tem experiência parlamentar consegue porque, a minha vida sempre foi de executar e fazer entregas”.

Anteriormente, o vice-governador Mateus Simões havia se manifestado mais diretamente contra a decisão do STF, chegando a pregar “desobediência civil” e afirmando que continuaria acessando o X por meio de rede VPN.

“Inacreditável que um juiz se sinta no direito de suspender uma rede social com 23 milhões de usuários. Isso é inadmissível em uma democracia, agride a liberdade de expressão e se revela como mecanismo de perseguição política de ‘desalinhados’. Uma vergonha para o Brasil!”, criticou Simões.