A busca por um candidato progressista para a prefeitura de Belo Horizonte continua, enquanto o prazo para o registro dos candidatos se aproxima. O cenário atual mostra que o voto conservador e de direita pode ser dividido entre Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos) e Mauro Tramonte (Republicanos). Entretanto, o lado progressista ainda não conseguiu unificar seus esforços.

Discussões em andamento

O deputado federal Rogério Correia, pré-candidato pelo PT, terá seu nome oficializado após o carnaval na federação que reúne PV e PCdoB. Este passo pode representar uma oportunidade de aliança com outros partidos. “Acredito que será difícil unirmos forças com a pré-candidatura do Fuad (Noman, atual prefeito), mas, com Bella Gonçalves (Psol) e Duda Salabert (PDT), há possibilidade de debate para unir as candidaturas de esquerda”, afirmou Correia.

Bella Gonçalves reiterou a necessidade de uma candidatura única à esquerda. Ela antecipa várias rodadas de negociação até o prazo de entrega das chapas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no dia 15 de agosto. “Temos mantido diálogo com Rogério, Duda e até mesmo Fuad. Este diálogo é fundamental para identificarmos a melhor opção para, de fato, vencer as eleições em Belo Horizonte. Há muita incerteza, desde a própria candidatura do prefeito até a posição do presidente Lula, que ainda não está clara”.

Duda Salabert, por sua vez, reforça sua posição como pré-candidata à prefeitura, mas não descarta a ideia de uma chapa única para consolidar os votos progressistas. “Precisamos discutir questões programáticas e avaliar a viabilidade eleitoral. Estamos dialogando e articulando em nível nacional e municipal para construir uma grande frente progressista. O PT e outros partidos são bem-vindos. O PDT tem interesse na minha candidatura, mas, o mais importante é que a cidade de Belo Horizonte tem demonstrado esse desejo, colocando meu nome entre os primeiros nas pesquisas. O interesse popular deve estar acima do interesse partidário”.