O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez declarações significativas sobre a situação atual do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente em relação ao ministro Alexandre de Moraes. Em uma entrevista recente, Bolsonaro expressou sua opinião sobre a possibilidade de cassar um magistrado da Corte e o impeachment de ministros do STF, chamando atenção para a necessidade de mudanças na atitude de certos membros do tribunal.

“Peço a Deus que toque o coração dos 11 ministros e os 11 ministros busquem uma alternativa entre vocês. É humilhante falar em impeachment, eu sei disso. Cassar um ministro não é bom. Agora, esse ministro, por favor, abaixe um pouquinho a guarda, tire esse coração de maldade da tua frente”, declarou o ex-presidente.

Bolsonaro enfatizou que a cassação de um magistrado da Corte “não é bom” e descreveu como “humilhante” a discussão sobre o impeachment de um ministro do STF. Essa declaração vem em um momento de intenso debate sobre a conduta de certos membros do Supremo Tribunal Federal.

O ex-presidente fez um apelo indireto ao ministro Alexandre de Moraes, pedindo que ele “abaixe um pouco a guarda e retire esse coração de maldade”. Essa declaração reflete a tensão existente entre Bolsonaro e Moraes, que tem sido um dos principais alvos de críticas dos apoiadores do ex-presidente.

As declarações de Bolsonaro ocorrem em um contexto de crescente movimento a favor da cassação de Moraes. Esse movimento ganhou força após o vazamento de conversas de assessores do ministro, que supostamente apontavam para o uso irregular da estrutura da Justiça Eleitoral.

Recentemente, a situação se intensificou após a ordem de bloqueio da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, determinada por Moraes. Essa decisão foi tomada após Elon Musk, proprietário da plataforma, não cumprir com o pagamento de multas impostas pela Corte.

O caso se complica ainda mais com as revelações de que o gabinete do ministro Alexandre de Moraes teria ordenado, de forma não oficial, a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral. Esses relatórios teriam sido usados para embasar decisões contra aliados de Bolsonaro no inquérito das ‘fake news’, que corre no STF.

Essas alegações são baseadas em cerca de 6 gigabytes de conversas via WhatsApp, que sugerem que o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral teria sido utilizado como uma espécie de braço investigativo para Alexandre de Moraes.