Mais de 88% dos eleitores de BH ainda não sabem em quem votar

A pesquisa EM/Opus revela que a grande maioria dos eleitores ainda não sabe em quem votar nas próximas eleições municipais

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Com seis meses e dezessete dias restantes para as eleições, uma nova pesquisa EM/Opus divulgada na quarta-feira (20) revelou que 88% dos eleitores ainda estão indecisos sobre seu voto ou preferem não responder.

A pesquisa deixa clara a incerteza que permeia o cenário político atual. Uma das razões para essa indefinição é que o quadro de candidatos em potencial ainda não está definido. Atualmente, a lista de possíveis candidatos é composta por pré-candidatos, muitos dos quais, com base em eleições anteriores, não chegarão ao dia da votação.

A definição dos candidatos

Com o término das migrações e filiações partidárias no dia 5 de abril, teremos uma visão mais clara do quadro eleitoral futuro. No entanto, ainda haverá um longo período de incertezas até o dia 5 de agosto, data em que as candidaturas serão oficializadas.

Surpresas eleitorais

A campanha eleitoral, por natureza, é imprevisível e cheia de reviravoltas. Por exemplo, já houve pré-candidatos à prefeitura de Belo Horizonte que foram descartados no último dia de registro de candidatura, após meses de aclamação pública. Em outro caso notável, um presidente de partido nacional retirou o apoio ao seu candidato em Belo Horizonte.

Exemplos de eleições passadas

Na eleição de 2016, Alexandre Kalil fez história ao ser eleito e reeleito prefeito de Belo Horizonte em uma campanha atípica. Tornou-se candidato de um momento para o outro. Em 2018, o empresário Romeu Zema passou a eleição tentando em vão ser ouvido. A três dias da votação do primeiro turno, manifestou simpatia por Jair Bolsonaro, então candidato a presidente, e saiu de 9% para liderar o primeiro e segundo turnos eleitorais, desbancando as então poderosas forças políticas da polarização tucano-petista.

No atual cenário político, o campo da esquerda está muito dividido, com três ou quatro pré-candidatos para as eleições de Belo Horizonte, o que dificulta a associação com o lulismo. Isso facilita o cenário para a direita, onde dois candidatos se vincularão diretamente ao bolsonarismo.

Lançamento do Orçamento Participativo

Na noite de ontem, o prefeito Fuad Noman (PSD) lançou oficialmente a nova Etapa do Orçamento Participativo, com uma estimativa de aplicar pelo menos R$ 73 milhões em obras de infraestrutura. Esta medida é uma tentativa de atrair o campo da esquerda, especialmente os petistas, que inovaram com a iniciativa. Para o evento, Fuad convidou o ‘pai’ do Orçamento Participativo, o deputado federal Patrus Ananias (PT), que implementou o OP em seu mandato como prefeito da capital (1993-1996). No entanto, por compromissos prévios, Ananias não pôde comparecer ao evento.

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