A pouco mais de seis meses para as eleições, a administração municipal de Belo Horizonte continua com saldo positivo. Segundo pesquisa encomendada pelo Estado de Minas ao Instituto Opus, 49,7% dos residentes da capital avaliam favoravelmente a gestão da cidade; 41,8% expressaram uma visão negativa; e 8,5% não souberam responder ou preferiram não se pronunciar.

Além disso, 2,5% dos entrevistados classificam a administração como excelente; 26,2% como boa; e 21% como regularmente positiva. Esses índices são somados para determinar a visão favorável sobre o trabalho da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

No entanto, 10,3% dos entrevistados consideram o trabalho da prefeitura péssimo; 9,8% o veem como ruim; e 21,7% como regular negativo. A pesquisa EM/Opus está registrada na Justiça Eleitoral sob o código MG-05905/2024. Foi realizada nos dias 12 e 13 de março, ouvindo 600 eleitores de BH presencialmente, com uma margem de erro de 4,1 pontos percentuais.

O panorama geral indica que a avaliação positiva da PBH apresenta certa estabilidade em relação às pesquisas anteriores. O prefeito e pré-candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), assumiu a capital mineira em agosto de 2022, quando Alexandre Kalil (PSD) deixou o cargo para sua campanha para governador de Minas Gerais. O antigo líder deixou para seu vice uma avaliação positiva substancial que se dissipou ao longo do tempo, conforme apontaram pesquisas do Instituto Opus.

Em novembro de 2021, na primeira pesquisa da série realizada pelo Opus, a avaliação da administração de BH era 67,7% positiva e 23,3% negativa. A aprovação atingiu seu pico em março de 2022, com 72,8% dos respondentes com uma visão favorável do trabalho. O índice caiu para 68% em dezembro daquele ano, quando Fuad já ocupava a cadeira de prefeito. Em maio de 2023, a aprovação chegou a 54% e, neste mês, caiu para 49,7%.

“O que nós observamos é que a avaliação do governo meio que encontrou um patamar de estabilidade. Na última pesquisa que nós realizamos em 2023, pouca coisa mudou. Quando o Kalil saiu para disputar o governo, ele entregou uma prefeitura com um índice muito robusto de avaliação. […] Ou seja, o Fuad sofreu muito em termos de avaliação popular, mas parece ter estancado essa queda. A gente não sabe se ele vai conseguir reverter esse quadro até o início da campanha oficial, quando as pessoas vão prestar ainda mais atenção ao cenário político e às ações da Prefeitura de BH”, destacou Matheus Dias, diretor do Instituto Opus Consultoria & Pesquisa.

De acordo com a pesquisa, Fuad pode ter uma notícia alvissareira: a estabilidade na queda da aprovação de seu trabalho está acompanhada pelo aumento do conhecimento do prefeito pela população da capital. Em maio do ano passado, apenas 20% dos entrevistados afirmaram saber quem estava à frente da cidade. Em março, esse índice subiu para 57,3%.