A administração do governador Romeu Zema (Novo) tem encontrado dificuldades para estabelecer relações com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Na quarta-feira (20), o governo mais uma vez falhou em formar quórum para votar os vetos que estão paralisando a pauta há mais de 20 dias.

Nas últimas semanas, o vice-governador Mateus Simões (Novo) organizou uma série de jantares com deputados, enquanto o líder do governo, João Magalhães (MDB), fez esforços consideráveis para mobilizá-los para comparecer ao plenário.

Encontros privados e esforços de mobilização

Apesar do acordo dos líderes para votar os vetos, a reunião sofreu a ausência de líderes, como o da maioria, Carlos Henrique (Republicanos) e o líder do bloco de apoio ao governo, Gustavo Santana (PL), que estaria no Rio de Janeiro para obter um visto para os Estados Unidos. Além de Carlos Henrique e Santana, os vice-líderes Chiara Biondini (PP), que estaria em Buenos Aires, Argentina, e Douglas Melo (PSD) também faltaram.

Em meio a esses desafios, o governo Zema tem feito tentativas recentes de se aproximar dos deputados. Simões tem realizado jantares privados para parlamentares há três semanas. “Ele está sempre acessível e disponível sempre que eu preciso”, disse um deputado que pediu para não ser identificado.

Avaliação do vice-governador

Questionado sobre as dificuldades do governo, apesar das tentativas de aproximação, Simões avalia que a relação com a ALMG continua positiva. “Eu encontro deputados com certa frequência, mas essencialmente com a intenção de manter a porta da administração mais próxima deles”, salienta o vice-governador.

Reações dos deputados

Apesar das tentativas de aproximação, os deputados não têm correspondido no plenário. “Existe punição maior do que no bolso?”, argumenta um parlamentar, referindo-se à possibilidade de descontar o salário para ausências.

A ausência de quórum tem incomodado até o presidente da ALMG. Interlocutores do presidente apontam que não é papel dele colocar quórum no plenário, mas sim do governo. O governo tem enfrentado dificuldades até para reunir 26 deputados para abrir sessões no plenário.