Greve da educação: falta de reajuste salarial leva a anúncio de greve em BH

A categoria é a única que ainda não fez acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte

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O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede) rejeitou na terça-feira (6) a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Os trabalhadores anunciaram uma greve para a quinta-feira após o Carnaval, de acordo com Flávia Silvestre Oliveira, diretora do sindicato.

A categoria é a única que ainda não chegou a um acordo com a PBH, segundo André Reis, secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão. A prefeitura propôs um aumento de 8,04%, a ser implementado gradualmente até dezembro, com a primeira parcela a ser aplicada nos salários de agosto e o restante em novembro e dezembro.

André Reis informou que a PBH já concluiu as negociações com cerca de 13 sindicatos, oferecendo um reajuste escalonado. “Nós oferecemos a inflação completa de 2017 a 2023 e antecipamos 2 pontos da inflação deste ano”, disse o secretário, acrescentando que está tentando negociar um acordo com professores e servidores da educação.

A proposta para a educação

De acordo com Reis, a proposta para a educação também considerava o impacto da aceleração da carreira, incluindo a inclusão de mestrado e doutorado, e houve uma correção do piso nacional. O salário nacional está abaixo do valor pago pela prefeitura, segundo o secretário. Segundo a PBH, o piso nacional da categoria hoje é de R$ 2.576,57, enquanto um professor em início de carreira recebe R$ 2.656,23 (3% acima do piso) na PBH e o salário inicial para o nível 12 é de R$ 3.228,06 (25% acima do piso nacional).

Na proposta aceita por outras categorias, segundo a prefeitura, o aumento salarial será aplicado escalonadamente, com 4,03% em agosto, 1,822% em novembro e 2% em dezembro, na primeira proposta ou 5,92% em setembro e 2% em dezembro.

Reis enfatizou que a categoria precisa considerar o prazo, pois é necessário enviar um projeto de lei com o reajuste da categoria para a Câmara Municipal de Belo Horizonte. “É preciso sancionar o projeto até abril e nós estamos em fevereiro e têm março para tramitar e aprovar e dar redação final”, observou o secretário municipal de Planejamento. Ele acrescentou ainda que os projetos das demais categorias foram enviados no fim do ano passado.

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