Ausência do presidente Lula em MG gera críticas

Ausência de planos para visitar o segundo maior colégio eleitoral do país está causando descontentamento entre os membros do PT

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A ausência de planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), para visitar Minas Gerais tem sido motivo de irritação entre os líderes do partido no estado e em seu círculo direto no Palácio do Planalto. Fontes internas relatam que já expressaram suas preocupações aos responsáveis por organizar a agenda do presidente, destacando a importância do segundo maior colégio eleitoral do país, que foi crucial para a vitória de Lula nas urnas.

Preocupação com as eleições de 2024

A principal preocupação dos membros do partido e de alguns governistas é com as eleições em 2024, quando os brasileiros elegerão novos prefeitos e vereadores. Espera-se que grandes cidades do país reproduzam o cenário de polarização das eleições de 2022, que será um indicador importante para as eleições de 2026.

Conforme anunciado anteriormente por Lula, ele planeja priorizar compromissos no Brasil em vez de viagens internacionais este ano. Em seu primeiro ano de terceiro mandato, ele visitou 24 países em 15 viagens, ficando mais de dois meses fora do Brasil. No entanto, seus planos incluem visitar todos os estados brasileiros no primeiro semestre para acompanhar as atividades do governo.

Agenda em Minas Gerais

Os líderes do PT em Minas Gerais esperavam que Lula começasse suas visitas pelo estado, mas isso não aconteceu. Desde que assumiu seu terceiro mandato, o presidente ainda não visitou MG. No ano passado, uma agenda em Belo Horizonte foi planejada para o final de setembro e a base de apoio foi mobilizada. No entanto, esse compromisso foi cancelado devido a uma cirurgia no quadril que Lula precisou realizar.

Incerteza sobre o futuro do PT na disputa pela PBH

Uma das razões apontadas para a demora de Lula em visitar a capital mineira seria a indefinição do diretório nacional do PT sobre quem será o candidato do partido para a disputa da Prefeitura de Belo Horizonte. A possibilidade de apoiar o atual prefeito, Fuad Noman, do PSD, poderia causar desconforto na organização dos palanques para anunciar obras.

Cristiano Silveira, presidente do PT em Minas, no entanto, rejeitou essa ideia, afirmando que as agendas institucionais na capital mineira não devem ser confundidas com campanhas eleitorais. “A inauguração de uma obra evidentemente que é uma ação do governo federal com a prefeitura municipal. Cabe todo mundo. Não temos esse problema. O que for para Belo Horizonte do governo federal nós estaremos juntos na institucionalidade. Agora, a campanha é diferente. Tendo a candidatura do PT, evidentemente o presidente Lula terá sua posição que é do partido”, disse.

Em contrapartida, fontes do Palácio do Planalto acreditam que uma aliança com Fuad ainda é muito inicial, já que ele não é unanimidade em seu próprio partido, nem com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Nesse contexto, uma candidatura própria ganha força, pelo menos em um primeiro turno. No entanto, é comentado nos bastidores do governo que Rogério Correia e outros nomes do partido não conseguiram agendar uma reunião com Lula.

Atualmente, a maior cidade do país governada pelo PT é Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, comandada pela prefeita Marília Campos. A cidade tem mais de 660 mil habitantes, de acordo com o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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