Lula não pede desculpas, mas recua sobre declaração controversa

O ex-presidente Lula pede que suas declarações sejam lidas, não interpretadas, enquanto fala sobre a situação em Gaza

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Durante um evento no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, no final de semana, o ex-presidente Lula reforçou que não trocaria sua “dignidade pela falsidade” e pediu para que “não tentem interpretar a entrevista dada na Etiópia”.

“Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares de desaparecidos. E não está morrendo soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, enfatizou.

Durante uma visita à Etiópia na semana passada, Lula fez a comparação entre o Holocausto na Segunda Guerra Mundial e o conflito em Israel. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse.

A declaração desencadeou a ira do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que declarou Lula como “persona non grata” no país israelense.

Reforma do Conselho de Segurança da ONU

O presidente Lula também defendeu a necessidade de reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), criticando a entidade por sua falta de práticas democráticas. “O Conselho de Segurança hoje não representa nada, não toma decisão para nada, e não faz paz em nada”, criticou.

Para Lula, a construção da paz e a superação da fome no mundo só podem ser alcançadas se a ONU se tornar mais democrática. “Somente quando a gente tiver um conselho da ONU democrático, com mais representação política, e quando a classe política deixar de ser hipócrita e tiver coragem de encarar as verdades”, concluiu.

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