Em evento com vaias e aplausos, Lula destaca a necessidade de aprovação rápida do projeto de lei sobre a desoneração municipal
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Em evento com vaias e aplausos, Lula destaca a necessidade de aprovação rápida do projeto de lei sobre a desoneração municipal
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Durante a abertura da Marcha dos Prefeitos em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exortou o Congresso a agir rapidamente na aprovação de um projeto de lei que visa desonerar os municípios. A proposta surge após uma decisão do ministro do STF, Cristiano Zanin, que atendeu a um pedido do governo para suspender a reoneração prevista inicialmente.
O apelo de Lula por urgência ressoa em um contexto de pressões temporais, pois o Congresso dispõe de apenas 60 dias para analisar a matéria. Este pedido foi enfatizado por Lula durante seu pronunciamento, no qual ele foi parcialmente vaiado por alguns prefeitos, enquanto outros presentes no evento tentavam superar as vaias com aplausos e manifestações de apoio. “O que é mais importante, companheiro Jaques Wagner, é que nós temos 60 dias. Nós temos que trabalhar com muita urgência para que os prefeitos não sejam pegos de surpresa”, afirmou Lula.
Atualmente, os municípios beneficiam-se de uma alíquota reduzida de 8% sobre a folha de pagamento dos funcionários municipais, uma considerável redução da alíquota anterior de 20%. A proposta em discussão, que será relatada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), pretende não só manter essa desoneração até 2024, mas também estabelecer uma reoneração escalonada a partir de 2025, similar ao plano para 17 outros setores da economia.
A discussão sobre este projeto está prevista para avançar no Senado ainda nesta semana, sob a autoria do senador Efrim Filho (União-PB). A celeridade na deliberação é vista como crucial para evitar surpresas desagradáveis aos gestores municipais frente às mudanças fiscais.
O evento contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin; os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que recebeu forte aclamação dos participantes. Ministros como Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) também estiveram presentes.