A Petrobras confirmou nesta sexta-feira (24) que Magda Chambriard será a nova presidente da companhia, sucedendo Jean Paul Prates, demitido há dez dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Chambriard também foi nomeada conselheira de administração, assumindo ambos os cargos “imediatamente”, conforme comunicado oficial da empresa.

Nova liderança na Petrobras

Chambriard, engenheira de 66 anos, não é nova na Petrobras. Sua trajetória na empresa começou em 1980, passando por diversos cargos de liderança. Além disso, ela dirigiu a Agência Nacional de Petróleo durante o governo de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2016. Agora, enfrenta o desafio de expandir a produção de petróleo no país, em um momento crítico de transição energética.

A nomeação de Chambriard ocorre em um contexto delicado para a Petrobras, que busca estabilidade após a turbulenta saída de Prates, marcada por rumores e controvérsias. Segundo relatos da imprensa local, divergências com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre assuntos estratégicos, foram a causa de sua demissão, após menos de um ano e meio no posto. “A gestão de Prates foi particularmente desafiadora, especialmente devido a uma polêmica envolvendo o pagamento de dividendos extraordinários aos acionistas”, comentou um analista de mercado.

Impacto no mercado

O anúncio da saída de Prates teve repercussões imediatas no mercado financeiro. As ações preferenciais da Petrobras caíram 6,04% na Bolsa de São Paulo. Nos três dias seguintes, a empresa perdeu 57,5 bilhões de reais em valor de mercado. Apesar disso, a Petrobras registrou um lucro líquido de 124,6 bilhões de reais em 2023, embora isso represente uma queda de 32,1% em relação ao ano anterior, principalmente devido à redução dos preços do petróleo. Ainda assim, foi o segundo ano mais lucrativo da história da companhia.