O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, buscou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para expressar seu entendimento sobre a garantia da desoneração da folha de pagamento dos municípios com população de até 156 mil habitantes. A informação foi confirmada por pessoas próximas a Haddad e Pacheco.

A comunicação entre os dois foi feita com o objetivo de eliminar qualquer chance de desentendimentos, que vêm sendo negados por ambos. Embora Haddad tenha afirmado publicamente que não foi informado antecipadamente por Pacheco sobre a decisão, ele reivindicou um acordo entre os poderes para o equilíbrio fiscal.

Discussões sobre a dívida de Minas Gerais

Ambos os políticos têm se aproximado, principalmente devido às discussões sobre a dívida de Minas Gerais, na qual Pacheco é um dos principais interlocutores. O governo não descarta a possibilidade de levar o assunto à justiça, mas considera o projeto de lei apresentado pelo líder José Guimarães (PT-CE) na Câmara como o plano A.

Com a manutenção da desoneração para os municípios, o impacto financeiro previsto é de R$ 10 bilhões. A proposta de Guimarães sugere um retorno gradual aos impostos, com alíquotas aumentando para 20% apenas em 2027.

Pacheco citou questões constitucionais como motivo para não estender a parte da medida provisória do presidente Lula que tratava das prefeituras. Dentro do governo, há opiniões de que o componente eleitoral foi considerável, pois manter a decisão poderia causar atritos com os prefeitos durante o ano das eleições municipais.