A mudança de partido de diversos vereadores que apoiam a pré-candidatura de Gabriel Azevedo à presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte tem agitado o cenário político local. A expectativa do MDB, partido que recentemente acolheu Azevedo, é eleger entre três a quatro vereadores na próxima legislatura, segundo declarações do vereador Cleiton Xavier durante uma entrevista no programa Café com Política da Rádio 91,7 FM O TEMPO.

“Quando se lança um candidato que não tem nenhuma relevância, não faria nenhuma diferença para a chapa proporcional. Mas uma candidatura como a do Gabriel que, sem sombra de dúvidas, está disputando a eleição com chances reais de ganhar, isso influencia em toda a chapa proporcional”, afirma Cleiton Xavier.

Migração de vereadores

Além de Cleiton Xavier, os vereadores Loíde Gonçalves (ex-Podemos), Henrique Braga (ex-PSDB) e Sérgio Fernando (ex-PL), todos do grupo de apoio a Gabriel Azevedo, migraram para o MDB após a filiação do presidente da Câmara na legenda. A última eleição, em 2020, havia rendido apenas uma cadeira para o partido, conquistada por Reinaldo Gomes Preto Sacolão, que agora está no Democracia Cristã.

O MDB tem enfrentado uma oscilação no número de cadeiras conquistadas nas últimas três legislaturas e, na mais recente, perdeu força. Em 2012, elegeu somente o vereador Iran Barbosa. Em 2016, através de uma coligação com o PSC, conseguiu três vagas, ocupadas por Rafael Martins, Autair Gomes e Reinaldo Gomes. Já a corrida pelo executivo em 2016 levou o partido ao terceiro lugar na disputa pela prefeitura com Rodrigo Pacheco, hoje presidente do Senado.

Buscando uma reinserção no cenário político em 2022, o MDB tem apostado em candidatos de diferentes espectros ideológicos, de centro-esquerda a direita, refletindo a tendência de diversidade na pré-candidatura de Gabriel Azevedo. Cleiton Azevedo, que se identifica como “de direita, policial e evangélico”, destacou a variedade de perfis entre os candidatos do partido: “o partido tem tido candidatos com uma grande mistura”.

O fortalecimento do MDB em Belo Horizonte pode alterar significativamente a configuração política da Câmara Municipal, especialmente se as projeções de ganho de cadeiras se confirmarem nas próximas eleições.