O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) expressou seu descontentamento com a operação da Polícia Federal (PF) que realizou busca e apreensão na residência do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), na quinta-feira (18). “Isso aqui é uma piada”, postou o mineiro, compartilhando uma imagem da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

O documento legal indica uma “forte ligação” entre Jordy e o investigado, Carlos Victor de Carvalho, descrito como “uma liderança da extrema direita local” e responsável pela organização de vários eventos antidemocráticos na cidade de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

Nikolas também questionou por que a PF não realizou operações similares na residência dos responsáveis pelo perfil Choquei, acusados pelo parlamentar de terem contribuído para o suicídio de uma jovem. “Busca e apreensão na casa dos donos da Choquei? Não. Os tiranos estão mais preocupados em perseguir opositor político do que investigar a causa da morte de uma inocente”, afirmou em suas redes sociais.

A investigação revelou que as mensagens entre o investigado e o deputado carioca foram enviadas no dia 1º de novembro de 2022, em meio a bloqueios de rodovias por manifestantes inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. Carvalho perguntou a Jordy qual direção ele deveria tomar e afirmou ter o poder de “parar tudo”. Jordy respondeu que ligaria para ele.

A Polícia Federal alega ter encontrado mais de 600 mensagens trocadas entre os dois, algumas delas datadas de 17 de janeiro de 2023, quando Carvalho já tinha um mandado de prisão em aberto e estava foragido. Jordy nega a troca de mensagens e alega que nunca teve relação com quem liderou os protestos. Ele afirma ser vítima de perseguição.