O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) pressionou o empresário Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter), por atualizações a respeito de suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. Estas críticas, que surgiram no último mês, acusavam o ministro de arbitrariedades, desencadeando uma série de eventos polêmicos.

Em abril, através de várias postagens na rede social X, Musk chamou Moraes de “um ditador brutal” e o acusou de ser o responsável pela soltura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão e por interferências nas eleições. Em resposta, Moraes incluiu Musk no inquérito das Fake News e iniciou uma investigação sobre possíveis crimes de obstrução de Justiça. As declarações do bilionário sobre não acatar decisões da Justiça brasileira, incluindo o banimento de contas, foram o estopim para tais medidas.

Manifestação de apoio

No dia 21 de abril, durante uma manifestação na praia de Copacabana, políticos e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) exaltaram Musk como um “herói”. Eles aplaudiram o bilionário, demonstrando suporte às suas ações contra o STF. Este evento destacou o alinhamento de Musk com as figuras políticas e grupos ideologicamente similares no Brasil.

Apesar das demonstrações de apoio, as críticas de Musk ao STF e a Moraes tiveram uma redução significativa após a resposta das autoridades brasileiras. Em maio, Moraes exigiu explicações dos representantes do X no Brasil sobre o procedimento de bloqueio de usuários e estabeleceu que o escritório brasileiro seja responsável pelas decisões tomadas pela matriz nos Estados Unidos.

Em uma recente publicação em inglês, Nikolas Ferreira expressou seu anseio e esperança para os “próximos capítulos da luta pela liberdade de expressão no Brasil”, indicando que a controvérsia está longe de acabar. “Continuamos vigilantes e esperançosos”, afirmou o deputado, sugerindo uma persistente tensão entre as autoridades brasileiras e as ações de Elon Musk no país.