Oposição busca aumento no índice da reajuste salarial proposto por Zema

Deputados tentam elevar o índice de recomposição salarial proposto pelo governador, argumentando que é possível um aumento superior a 3,62%

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Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a oposição está trabalhando para aumentar o índice de recomposição salarial oferecido pelo governador Romeu Zema. O percentual proposto de 3,62% é considerado insuficiente, e deputados afirmam que a possibilidade de um aumento maior depende apenas da vontade do executivo estadual.

Ulysses Gomes, líder do Bloco Democracia e Luta e deputado estadual pelo PT, criticou a postura de Zema, alegando que o governador possui uma “aversão ao diálogo”, não só com os servidores, mas também em relação à própria Assembleia. Em entrevista ao Estado de Minas, Gomes expressou frustração com a resistência do governo em dialogar sobre as propostas de recomposição.

Debate sobre a recomposição salarial

Na discussão sobre o reajuste salarial, a oposição tenta sensibilizar outros deputados na Assembleia para que aprovem um índice que pelo menos cubra as inflações de 2022 e 2023. “Para evitar desculpas esfarrapadas, estamos autorizando que o governo, dentro das emendas propostas, possa dar as recomposições inflacionárias, inclusive, as que ele prometeu durante o período eleitoral. É o mínimo que os servidores esperam e merecem”, afirmou Gomes.

Os opositores de Zema não pretendem atrasar ou obstruir a votação do projeto, mas enfatizam a importância de um debate político aberto e franco sobre as promessas não cumpridas pelo governo e a valorização dos servidores. Gomes destacou que o reajuste proposto está “abaixo da inflação” e não atende às necessidades dos servidores públicos, que se sentem desvalorizados.

Impacto do reajuste inadequado

Gomes também comentou sobre o impacto orçamentário e social de um reajuste salarial abaixo da inflação. Ele mencionou que o governo deixou de arrecadar bilhões com isenções fiscais e aumentou impostos, o que, teoricamente, poderia permitir um melhor ajuste salarial. “É terrível imaginar que os servidores não estão sendo valorizados e isso possa impactar de alguma forma na desmotivação desses servidores e no seu atendimento final à população”, afirmou Gomes.

Em resposta às afirmações de que não há recursos suficientes para um reajuste maior, Gomes criticou as escolhas fiscais do governo Zema, incluindo o aumento de seu próprio salário em 298%, enquanto os benefícios fiscais concedidos ultrapassam R$ 18 bilhões. “Zema tem prioridades em seu governo, mas, lamentavelmente, essa prioridade não é o povo mineiro, não é o servidor”, concluiu o deputado.

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