A alegada espionagem ilegal de políticos pela Abin paralela levou o presidente do Congresso Nacional a pedir uma investigação
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A alegada espionagem ilegal de políticos pela Abin paralela levou o presidente do Congresso Nacional a pedir uma investigação
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A suspeita de espionagem ilegal de senadores e deputados federais pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) levou o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista de potenciais alvos. Pacheco enviou um ofício ao STF, onde a investigação está sendo conduzida.
Para justificar seu pedido, o senador enfatizou a seriedade da situação. A ação ocorre após Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal. A investigação indicou que Carlos Bolsonaro estaria recebendo informações adquiridas ilegalmente pela Abin paralela.
O presidente do Congresso tem adotado uma postura combativa em relação à questão da Abin paralela. Ele emitiu um comunicado contundente na semana passada, quando o suposto responsável pelo monitoramento ilegal foi alvo de uma operação da PF.
Acredita-se que a Abin paralela tenha monitorado cerca de 30 mil alvos durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo a investigação, um software de espionagem era utilizado para rastrear os alvos.
O suposto interesse do grupo seria fornecer ao ex-presidente e seu círculo político informações valiosas. Dossiês seriam utilizados para monitorar os passos de oponentes políticos e proteger os filhos de Bolsonaro de investigações.
A Abin paralela seria composta por policiais federais e comandada pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor-geral da Abin. Ramagem e outros agentes foram alvo de mandados de busca e apreensão na semana passada.