O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a possibilidade de adiar as eleições municipais no Rio Grande do Sul devido às recentes enchentes. Em um evento em São Paulo, Pacheco mencionou que a decisão será considerada nas próximas semanas em diálogo com autoridades locais e a Justiça Eleitoral.

Em 2020, as eleições já haviam sido adiadas por causa da pandemia de COVID-19, e agora, a situação de calamidade no Rio Grande do Sul traz novamente à tona a questão da remarcação. “Se a conversa com o governador, prefeitos e Justiça Eleitoral apontar a necessidade da medida, o Congresso estará pronto para viabilizá-la”, afirmou Pacheco. Esta discussão foi inicialmente levantada por Eduardo Leite (PSDB), governador do estado, que vê no adiamento uma oportunidade para focar na reconstrução das cidades afetadas.

Regulação das redes sociais

Pacheco também abordou a necessidade de uma “disciplina que possa regular minimamente” as redes sociais, associando a falta de regulamentação a problemas como desinformação e radicalismo. “A falta de regulamentação está diretamente ligada a fenômenos como desinformação, radicalismo e outros problemas verificados hoje”, comentou.

Além do adiamento das eleições, o senador mencionou discussões em curso sobre a reforma do Código Eleitoral, que deve ser aplicada a partir de 2026. A revisão da regra que permite a reeleição e a atualização do Código Civil, para incorporar realidades como a união homoafetiva, também foram temas destacados por Pacheco durante o almoço do Instituto dos Advogados de São Paulo.

Futuro político

Em relação ao seu futuro político, Pacheco reiterou sua intenção de se aposentar em 2026, embora reconheça a atratividade de possíveis candidaturas, como a do governo de Minas. “Quem disser que não quer está mentindo”, disse Pacheco, refletindo sobre as especulações de sua candidatura ao governo estadual.