Partidos discutem possível coligação para eleição municipal em BH

A direção da Rede Sustentabilidade prega cautela nas conversas sobre a eleição municipal deste ano

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A Rede Sustentabilidade está debatendo possível candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), segundo matéria da Itatiaia desta segunda-feira (29). Embora comecem a emergir possíveis candidatos, a liderança do partido defende prudência nas discussões sobre as eleições municipais de 2014. A prioridade é desenvolver um conjunto de propostas para a cidade antes de decidir sobre candidatos.

A deputada estadual Ana Paula Siqueira, membro do partido, se ofereceu para representar a agremiação na corrida pela PBH. No entanto, a Rede está em uma federação partidária com o Psol, cuja pré-candidata é a também deputada estadual Bella Gonçalves.

Partidos que formam coalizões desta natureza devem operar como se fossem uma única entidade. Assim, devem formalmente se unir para as eleições de outubro. Apesar de Ana Paula e Bella estarem dispostas a liderar a chapa Rede-Psol, a avaliação é que não haverá disputa sobre a direção eleitoral. As parlamentares mantêm uma boa relação e, portanto, devem ser capazes de chegar a um consenso sobre o assunto.

“Teremos maturidade, sabedoria e inteligência política para nos posicionarmos. Certamente, em junho, nas convenções, estaremos unificados e defendendo um programa importante para Belo Horizonte”, afirma à Itatiaia o porta-voz do diretório da Rede em Minas Gerais, Paulo Lamac.

Lamac e a possibilidade de candidatura

Lamac, que foi vice-prefeito de Belo Horizonte entre 2017 e 2020, na primeira gestão de Alexandre Kalil (PSD), é mencionado como um possível candidato para representar a Rede na disputa eleitoral. Na última semana, a liderança da Rede em Minas Gerais inaugurou a nova sede estadual do partido em Belo Horizonte. Apesar da atmosfera comemorativa, a estratégia eleitoral foi um ponto de destaque durante o evento.

“Essa é uma discussão que será conduzida sem confusão ou estresse. Faremos tudo com a serenidade que o momento exige. É mais importante para nós construir alternativas e o programa que apresentaremos. Em todos os municípios onde apresentaremos candidaturas, queremos construir projetos e discutir qual é o melhor nome depois. Qualquer liderança ou mesmo o mais simples militante de base tem o direito de querer ser candidato”, observa a ex-senadora Heloísa Helena (AL), porta-voz nacional do partido, ao comentar o cenário eleitoral da capital mineira.

Apoio de Marina Silva

No que diz respeito a uma possível candidatura de Ana Paula Siqueira, a Itatiaia destaca que há confiança de que o apoio da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pode impulsionar o plano. Acredita-se que Marina pode ser uma influente cabo eleitoral em BH. Ana Paula pertence ao grupo político da ministra.

Possível coalização

Paulo Lamac tem um bom relacionamento com o prefeito Fuad Noman (PSD), que ainda não decidiu se tentará a reeleição, mas indicou que gostaria do apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso se candidate. O líder da Rede não descarta a possibilidade de união com outras forças do mesmo campo político.

“É sabido que, em Belo Horizonte, estamos passando por uma mudança no eleitorado. É uma cidade que já foi muito progressista, ao ponto de Lula, antes de ser presidente, sempre vencer em BH. Na última eleição, mesmo ganhando no Brasil, perdeu em BH. Marina Silva foi a mais votada para presidente em BH em 2010. É uma cidade com um histórico progressista que, nos últimos anos, vem mudando essa postura”, aponta ele.

A esquerda e a direita na corrida

À esquerda, além de Ana Paula Siqueira e Bella Gonçalves, as pré-candidaturas dos deputados federais Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT) também estão em jogo. À direita, nomes emergentes incluem o deputado estadual Bruno Engler, do PL, e o senador Carlos Viana, do Republicanos.

Em outra frente, a Rede Sustentabilidade busca expandir sua influência no interior. Uma aposta é o deputado estadual Lucas Lasmar, que está trabalhando para abrir diretórios em cidades onde o partido não tinha representação. Há negociações para aumentar em 40 o número de municípios com candidaturas do partido este ano.

“Estamos avançando com vice-prefeitos, prefeitos e vereadores. Muitas pessoas têm me procurado para se filiar ao partido, especialmente no Centro-Oeste e no Sul do estado, onde precisamos expandir a Rede. A Rede está crescendo e logo será um dos maiores partidos do estado em termos de filiações”, destaca Lasmar.

Em 2022, embora estivesse em federação com o Psol, a Rede apoiou informalmente a candidatura de Alexandre Kalil (PSD) ao governo.

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