A polarização política nacional, marcada pelas influentes figuras de Lula, Bolsonaro e Zema, parece não ter o mesmo impacto nas eleições municipais de Belo Horizonte. Nas pesquisas a serem divulgadas esta semana, os pré-candidatos desses líderes políticos não figuram entre os favoritos. Rogério Correia (PT), Bruno Engler (PL) e Luísa Barreto (Novo) continuam sem liderar as pesquisas, com Engler sendo o mais bem colocado do trio.

Situação dos candidatos

Rogério Correia e Luísa Barreto enfrentam uma situação particularmente delicada, indicando que nem Lula nem Zema estão conseguindo transferir efetivamente seus apoios para esses pré-candidatos. A estratégia política e as alianças ainda parecem incertas e pouco eficazes menos de quatro meses antes da votação. Lula, por exemplo, promoveu um encontro ambíguo, recebendo o atual prefeito de BH e, no mesmo dia, apoiando uma aliança entre o pré-candidato do seu partido e a pré-candidata do PSOL, Bella Gonçalves.

Governador Romeu Zema, por outro lado, mostra-se igualmente indeciso. Oficialmente, seu partido tem uma pré-candidata, mas ele mantém diálogos com outros candidatos do mesmo espectro ideológico. Afirmou categoricamente seu apoio a Luísa Barreto, mas parece satisfeito também com as candidaturas de Bruno Engler e Carlos Viana (Podemos). Além disso, Mauro Tramonte (Republicanos) surge como um nome forte, impulsionado pela visibilidade na TV.

Desafios em Belo Horizonte

Enquanto isso, Rogério Correia dedica grande parte de seu tempo ao confronto político, negligenciando as necessidades locais de Belo Horizonte, conforme observações de seus próprios aliados. No espectro político, a esquerda mostra-se dividida. O PT local fechou com o PSOL, enquanto o PDT, apoiado pela deputada Ana Paula (Rede), mantém uma federação com o PSOL, mas enfrenta divisões internas sobre apoiar Fuad Noman (PSD).