Encontro busca aparar arestas e promover a união entre prefeitura e parlamento da capital
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Depois de seis meses de recusa, o prefeito Fuad Noman (PSD) finalmente aceitou se encontrar com os 14 vereadores ligados ao presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (MDB). O encontro está marcado para a próxima quinta-feira (21). De acordo com o prefeito, o objetivo é resolver conflitos e buscar uma união entre a prefeitura e o parlamento da capital.
“De forma democrática e institucional, porque a cidade precisa de harmonia e isso é alcançado através do diálogo político. Então, não há uma pauta específica, mas com certeza eles vão reclamar de uma série de coisas e nós também vamos reclamar de uma série de coisas, e vamos convergir depois para encontrar soluções para Belo Horizonte”, disse durante uma entrevista na terça-feira (18).
O grupo que apóia Gabriel Azevedo alega estar isolado pela administração municipal, que, segundo eles, se recusa a dialogar devido à oposição no legislativo da capital. O pedido de reunião com o prefeito foi feito em setembro de 2023 pelo vereador Henrique Braga (PSDB), durante o pico das disputas entre o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo, e o governo municipal, após a abertura de um primeiro processo de impeachment movido pelo grupo de apoio ao prefeito na legislatura da cidade.
Os pedidos de reunião com o prefeito não tiveram uma resposta formal até o início de março, quando um segundo pedido de impeachment aberto pelos vereadores do grupo de apoio ao prefeito contra Gabriel Azevedo foi arquivado.
Na última semana (13), o prefeito Fuad se encontrou com o presidente da Câmara após oito meses de separação. O encontro serviu para retomar a institucionalidade. “Eu e o prefeito colocamos na nossa agenda esse encontro quinzenal, com uma pauta preestabelecida de conhecimento público, para que todos saibam que os chefes de poder estão conversando”, afirmou Gabriel após a reunião.
Nesta terça-feira (19), deverá ocorrer uma reunião com os parlamentares que apoiam o prefeito. Apesar de apoiarem os interesses municipais na Câmara, espera-se que este grupo também faça diversas cobranças. “A nossa conversa é uma conversa institucional. Acreditamos que este é o momento de união em prol de Belo Horizonte”, destaca Fuad Noman.
O prefeito também convidou o grupo de vereadores de esquerda, do PT e PSOL, mas eles teriam se recusado a participar da reunião. Os parlamentares ainda não teriam aceitado a forma como o governo cedeu à pressão de vereadores ligados a grupos evangélicos e alterou estruturas de atendimento no Centro de Referência LGBT+ de Belo Horizonte.
A ação do governo teria resultado no pedido de demissão apresentado pela Secretária de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte, Rosilene Rocha.
Os vereadores de esquerda acreditam que este assunto ainda não foi devidamente discutido e desejariam uma reunião com o prefeito sem a participação de outros parlamentares.