Presidente do PL fala em perseguição após operação da PF

Valdemar Costa Neto também fez duras crítica ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco

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Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), alega que a operação da Polícia Federal (PF) contra o deputado federal Alexandre Ramagem é uma perseguição ao partido, motivada pela relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, é alvo de uma investigação lançada na quinta-feira (25), focada em suspeitos de participarem de uma possível organização criminosa que teria operado na Abin para monitorar ilegalmente autoridades e outros indivíduos.

“Está claro que estão perseguindo o PL por causa do Bolsonaro. Isso é uma perseguição”, declarou Valdemar ao blog de Andréia Sadi, no G1.

Falta de autoridade do Congresso Nacional

Costa Neto criticou a operação, apontando para uma “falta de autoridade do Congresso Nacional”. Segundo ele, essas invasões a gabinetes são sintomas de uma falta de autoridade do Congresso. Ele também criticou o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, por sua falta de ação. “O presidente do Congresso Nacional deveria ter a coragem de fazer o impeachment do Alexandre de Moraes, de afastá-lo do Supremo, porque é uma vergonha o que ele está fazendo com nossos deputados e outros também”.

Na última quinta-feira (18), o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) também foi alvo de uma operação da PF. Ele é investigado na Operação Lesa Pátria, acusado de incitar os atos de 8 de janeiro. O deputado teve sua casa e gabinete revistados. No dia da operação, Valdemar também saiu em defesa de Jordy.

Ação da PF

A PF está cumprindo mandados de busca e apreensão em locais ligados ao deputado federal Alexandre Ramagem, inclusive em seu gabinete, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF). De acordo com a PF, o grupo suspeito utilizava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. Os mandados foram expedidos em Brasília (DF) (18), Juiz de Fora (MG) (1), São João Del Rei (MG) (1) e no Rio de Janeiro (1).

Essa operação é um desdobramento da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado. “As provas obtidas pela PF indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e usou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da PF”, informou a corporação em nota.

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