Processo de cassação do presidente da Câmara Municipal de BH é finalizado

Gabriel Azevedo estava sendo acusado de quebrar o decoro parlamentar

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O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo (sem partido), foi liberado de prestar depoimento no processo que ameaça cassar seu mandato, nesta quinta-feira (22). Na reunião da comissão que avalia a queixa apresentada pelo vereador Miltinho CGE (PDT), os próprios advogados da acusação declararam que não há razões para prosseguir com o processo.

Gabriel Azevedo é acusado de quebrar o decoro parlamentar ao revelar, durante uma entrevista ao vivo para um canal de televisão, que seu colega era alvo de um processo de cassação por nepotismo e “rachadinha”. Miltinho nega as acusações e afirma que sua reputação foi prejudicada pela divulgação da denúncia sem a devida chance de se defender.

Durante a sessão, o chefe do Legislativo de BH reiterou suas desculpas ao colega, afirmando que suas declarações foram feitas em um dia “quente” de trabalho no plenário. “Acho que meu pedido de desculpas ao Miltinho, como já fiz, deve ser repetido aqui porque ele é uma pessoa de bom coração. Os erros que ele possa ter cometido são questões que ele está resolvendo com o Ministério Público (MPMG) e eu não sou juiz, sou o presidente de uma instituição que deve servir a Belo Horizonte”, disse.

Azevedo também afirmou que não acredita que as acusações sejam suficientes para cassar o mandato de um parlamentar, mas o processo que, somado a outra denúncia de cassação, chegou a quase 180 dias, o ajudou a crescer como político. “Quando este segundo processo foi aberto, eu disse que aguardava com muita calma o seu desfecho e, acima de tudo, além de ser resiliente, garantiria que os trabalhos da Câmara Municipal não seriam prejudicados”, enfatizou.

A acusação seguiu o mesmo movimento feito na última reunião da comissão de inquérito, quando solicitaram a dispensa de outras testemunhas, incluindo jornalistas e assessores envolvidos na entrevista que originou o processo. O advogado Felipe Piló, defensor de Miltinho CGE, reiterou que estava satisfeito com as informações obtidas nos depoimentos dos vereadores Bruno Miranda e Wagner Ferreira, ambos do PDT.

“Ele (Gabriel Azevedo) não teve a intenção de prejudicar o Miltinho. (…) Então, perguntamos por que seria necessário ouvir outras testemunhas se o próprio presidente já se desculpou. Na política e no judiciário existem questões que precisamos conciliar, não podemos insistir em algo que não acreditamos mais. O Miltinho acredita nas desculpas e viu que Gabriel não tinha a intenção de prejudicá-lo”, concluiu Felipe Piló.

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