Professores da UFMG mantêm greve por tempo indeterminado

Professores da UFMG mantêm paralisação e aguardam posição de outros sindicatos antes de reconsiderar a oferta do governo

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Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), representados pelo Sindicato de Professores de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH), decidiram continuar a greve, rejeitando a última proposta do governo. A decisão ocorreu em uma assembleia na última sexta-feira (17), mantendo a paralisação por tempo indeterminado. Os sindicatos de docentes das universidades federais em todo o país têm até a próxima segunda-feira (27) para responder se aceitam ou não o acordo proposto pelo governo em 15 de maio.

Proposta do governo

A oferta do governo, discutida na mesa de negociação, sugeria um reajuste salarial em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Apesar de representar um aumento acumulado de 13,3% a 31,2% até 2026, a proposta foi considerada insatisfatória pelos professores, que já estão paralisados há 36 dias. A proposta anterior, de 19 de abril, também foi rejeitada, pois previa um reajuste de apenas 9,5% em 2025, seguido de 3,5% no ano seguinte.

Em contrapartida, o APUBH se posicionou contra a decisão de encerrar a greve, argumentando que a universidade faz parte de uma mobilização nacional. “É precipitado e unilateral tomar uma decisão de saída da greve por enquanto”, declarou um representante do sindicato. Eles aguardam a posição de outros sindicatos nacionais, como o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), e a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), antes de tomar novas decisões.

Solidariedade entre categorias

A greve também encontra apoio na paralisação dos técnicos-administrativos, que segue até pelo menos amanhã (22), quando nova mesa de negociações será realizada. Os docentes expressam solidariedade à classe, fortalecendo o movimento grevista.

O APUBH também participará da Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília (DF), nesta quarta-feira (22), uma manifestação organizada por sindicatos para apresentar ao governo e ao Congresso Nacional demandas por emprego, melhores salários e desenvolvimento social. “Esta marcha é uma expressão das nossas lutas, incluindo a revogação do Novo Ensino Médio e das reformas trabalhista e da previdência”, afirmou um líder sindical.

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