Professores da UFMG se reúnem para decidir futuro de greve

Em meio a negociações conturbadas, docentes da UFMG se preparam para votar a continuidade da greve que já dura mais de um mês

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A greve dos professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entra em uma fase crucial nesta semana. Após 49 dias de paralisação, uma nova assembleia geral está marcada para quarta-feira (5), onde os docentes decidirão se continuam ou encerram a greve. Essa decisão ocorre em um contexto de rejeição à proposta de reajuste salarial do governo federal, e há uma grande expectativa sobre o futuro do movimento grevista.

Dando continuidade às tentativas de negociação, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços (MGI) realizou uma reunião com as entidades nacionais na última segunda-feira (27), mas sem avanços significativos. O governo propôs um reajuste em duas etapas, que começaria apenas em 2025, o que foi considerado insatisfatório pelos docentes. De acordo com o APUBH, “é prematuro fazer qualquer afirmação sobre os próximos passos”.

Impasse na negociação

A proposta mais recente do governo, apresentada em 15 de maio, inclui aumentos que somam 43% no período de quatro anos. No entanto, os aumentos só começariam a ser aplicados em 2025, o que levou à rejeição da proposta pelos professores. Eles argumentam que a proposta não atende às necessidades imediatas e não compensa as perdas acumuladas nos últimos anos. “A proposta do governo foi recebida de forma distinta pelas entidades representativas, com o Andes e outros sindicatos optando pela continuidade da greve”, informou um porta-voz do APUBH.

Em resposta às contínuas negociações frustradas, os Comandos Nacionais de Greve de diversas entidades, incluindo o Andes, o Sinasefe e a Fasubra, organizaram um Dia Nacional de Luta da Educação Federal. A manifestação ocorreu nesta segunda-feira e teve como objetivo pressionar o governo a reabrir as negociações. “Estamos lutando não apenas por reajustes salariais, mas pela defesa da Educação Pública”, declarou um líder do movimento grevista durante o evento.

A decisão tomada na assembleia de quarta-feira será determinante para o futuro da greve. Se a greve continuar, espera-se que mais ações sejam planejadas para ampliar a visibilidade do movimento e pressionar o governo a apresentar uma nova proposta que atenda às reivindicações dos docentes. “A luta continua enquanto nossas reivindicações não forem atendidas”, afirmou um representante sindical.

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