A vereadora Marcela Trópia (Novo) criticou duramente o secretário de governo da prefeitura de Belo Horizonte, Castellar Guimarães Neto. A parlamentar acusa Castellar de “prejudicar o trabalho parlamentar e a disputa eleitoral” dos vereadores alinhados ao presidente da Casa, vereador Gabriel Azevedo (Sem Partido). Trópia acredita que existe um viés no veto a projetos de sua autoria, como o que previa a criação de um Marco das Startups na cidade.

Sem citar nominalmente Guimarães, que assumiu a secretaria em agosto do ano passado na gestão Fuad, Trópia alega que os vetos a projetos têm sido direcionados. “Há um clima de perseguição em Belo Horizonte, especialmente dentro da secretaria de governo em relação a alguns vereadores. Não conseguimos receber secretários em audiências para discutir assuntos da cidade”, declara.

Castellar Guimarães Neto é aliado do grupo de vereadores conhecido como “Família Aro” que, durante o ano passado e o início deste ano, esteve em constante conflito com os parlamentares que apoiam o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo. Castellar e Azevedo, antes aliados, romperam politicamente em 2023 devido à migração dos parlamentares do grupo político de Marcelo Aro, Secretário da Casa Civil do governo de Minas, para a base de apoio do prefeito Fuad Noman.

Perseguição em Belo Horizonte

Marcela aponta como exemplo de perseguição, o acordo que ela firmou com a PBH para a aprovação do projeto do Marco das Startups. Segundo a vereadora, a base de governo inicialmente se opôs à sua proposta e ao grupo de empreendedores que trabalhavam na cidade “porque meu nome estava incluído nele”, afirma Marcela Trópia. No entanto, ela garante que contou com o apoio do líder de governo, Bruno Miranda (PDT), e do vereador Álvaro Damião (União) para mediar o conflito com o governo.

Apesar das críticas, a vereadora acredita que as tensões entre os grupos de vereadores aliados a Gabriel Azevedo e Marcelo Aro tendem a diminuir. Ela argumenta que o fim da tramitação dos dois pedidos de cassação contra o presidente da Câmara, ambos sem votos suficientes para a cassação, mudou o clima na Casa e abriu espaço para negociações.