Durante um café da manhã com jornalistas, o primeiro em seis anos, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), discutiu sua relação complexa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Embora compartilhem palanques, Zema enfatizou suas diferenças ideológicas com Bolsonaro, negando ser um bolsonarista. A aproximação, segundo ele, decorre mais da polarização política entre esquerda e direita no Brasil do que de uma afinidade ideológica.

Presença confirmada em atos

Apesar das divergências, Zema confirmou sua participação em uma futura manifestação em defesa de Bolsonaro, que será realizada em Belo Horizonte. Ele já havia marcado presença em eventos similares em São Paulo e reiterou seu compromisso, mencionando “um adversário em comum” com Bolsonaro. “Com toda certeza estarei presente”, afirmou o governador.

Diferenças ideológicas

O governador também destacou que, apesar da colaboração pontual, seu diálogo com Bolsonaro é quase inexistente, ocorrendo apenas quando há interesses mútuos em jogo. Zema fez questão de pontuar que não compartilha da mesma agenda de costumes que Bolsonaro defende veementemente.

Gestão da pandemia

Em um momento de franca conversa, Zema expressou seu desconforto com a abordagem de Bolsonaro durante a pandemia de COVID-19. “Pessoas morrendo e ele fazendo brincadeiras de mau gosto”, criticou o governador, evidenciando uma clara discordância com o tratamento dado à crise sanitária pelo então presidente.

Encontro com jornalistas

A reunião com os jornalistas ocorreu na sede do BDMG, onde foi proibida a entrada de câmeras e gravadores. O governador aproveitou a ocasião para tratar de temas como a dívida do estado de Minas Gerais, seu papel no partido Novo, planos para as eleições de 2026, além das relações com a Assembleia Legislativa do estado e, novamente, sua complexa relação com Jair Bolsonaro.