Zema é acusado de negligência na renegociação da dívida pública

Luizinho (PT) criticou a postura do governador de Minas perante a dívida do Estado com a União que chega a R$ 162 bilhões

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O deputado estadual Luizinho (PT) criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmando que o mesmo não se esforça o suficiente para renegociar a dívida pública do estado com a União. O valor atual é de aproximadamente R$ 162 bilhões.

Durante uma entrevista ao Café com Política, da FM O TEMPO 91,7, nesta segunda-feira (29), o parlamentar acusou o governador de estar numa situação “muito confortável”, tendo conseguido suspender o pagamento dos juros da dívida desde que assumiu o governo em 2019. “Aqui no Sul a gente fala que ‘finge de morto pra mamar deitado’. Para ele (Romeu Zema) está bom, ele não quer negociar”, afirmou.

Segundo o deputado, Zema evita negociar a dívida, tem intenção de vender a Copasa, a Codemig e a Cemig e continuar não pagando a dívida com a União. Ele ressaltou que o governador não faz esforços para resolver o problema e ainda deseja repassar para os futuros governadores a dívida que ele não pagou.

Federalização das estatais mineiras

De acordo com a avaliação de Luizinho, a negociação da dívida entre os governos de Minas e federal não deve ser concluída até 20 de abril, prazo final para suspensão do pagamento da dívida de acordo com uma decisão do STF. Apesar da complexidade do problema, o deputado acredita que a federalização das estatais mineiras, proposta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em novembro do ano passado, é a solução mais viável.

“A proposta é de federalizar, isso se ajeita, se arruma. Quando passa uma empresa para a iniciativa privada eles dão um jeito, então para o governo federal os funcionários passam a ser servidores públicos federais, não vejo que isso dificulte (a negociação)”, comentou Luizinho.

Luizinho propôs ainda um plano alternativo para resolver a questão da dívida de Minas com a União. Ele sugeriu a criação de um “fundo da dívida”, no qual os valores devidos ao governo federal seriam depositados. Segundo ele, em vez de repassar os pagamentos diretamente à União, o dinheiro seria depositado no fundo e usado exclusivamente para o desenvolvimento do estado.

“Nós pagaríamos R$ 6 bilhões por ano em 30 anos e esse recurso seria para o desenvolvimento da moradia, na recuperação dos salários, na recuperação das empresas, recuperando o estado, melhorando o ganho do servidor, por exemplo, a economia gira, tem mais dinheiro e isso resulta em mais tributos, o que resulta também no desenvolvimento do Brasil. O dinheiro não sairia de Minas Gerais”, propôs o parlamentar.

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