Em visita oficial, os políticos abordam questões críticas como rodovias federais, acordo da barragem de Mariana e dívida estadual
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Em visita oficial, os políticos abordam questões críticas como rodovias federais, acordo da barragem de Mariana e dívida estadual
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O governador Romeu Zema (Novo) teve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no evento do Minascentro na quinta-feira (8). Ele apresentou ao presidente as demandas mais urgentes de Minas Gerais e afirmou que o diálogo com o governo federal está aberto.
Zema relata que passou “mais de duas horas ao lado do presidente”, onde compartilhou as demandas mais críticas do estado. Ele expressou satisfação com a visita de Lula e enfatizou a necessidade de um “diálogo, aberto, franco e produtivo com o governo federal”. No entanto, ele acrescentou que “só promessa não resolve”.
Os principais temas discutidos foram as rodovias federais, o acordo da barragem de Mariana e a dívida de Minas Gerais com o governo federal. Zema foi muito vaiado durante o evento e criticado por ministros.
Zema destacou que Minas Gerais abriga as principais rodovias do país que “não têm recebido uma manutenção adequada”. Ele solicitou investimentos para as BRs 381, 040 e 262. Também citou que o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), prometeu investimentos nas rodovias, mas quer ver as obras realizadas. O governo anunciou um investimento de R$ 1 bilhão na BR-381 no trecho que liga BH a Caeté, e a promessa de licitação para duplicação da via, que, segundo Zema, é uma obra que “Minas está escutando há mais de 20 anos”.
O governador mencionou o rompimento da barragem de Mariana em 2015 como um problema pendente. Ele criticou o progresso lento após oito anos, afirmando que “pouca coisa aconteceu” e que a maioria dos recursos tem sido consumida pela fundação e pelas assessorias técnicas contratadas, com “muito pouco chegando aos atingidos”. Ele citou a existência de 70 mil atingidos ao longo da bacia do Rio Doce.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), criticou o aumento da dívida de Minas com a União nos últimos cinco anos e alegou que Zema não pagou “nenhum centavo” da dívida. Zema refutou a afirmação do ministro, insistindo que o estado pagou R$ 5 bilhões durante sua gestão e que a taxa de juros cobrada pela União torna a dívida “impagável”.
Vários outros ministros presentes no evento também criticaram Zema, incluindo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), que defendeu a vacinação de alunos. Zema recentemente postou um vídeo com o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) opondo-se à exigência de imunização para crianças nas escolas.