Projeto de lei propõe aumento de salários para servidores do Executivo, enquanto outros setores recebem reajustes maiores
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Projeto de lei propõe aumento de salários para servidores do Executivo, enquanto outros setores recebem reajustes maiores
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Se aprovado, o Projeto de Lei 2.309/2024 trará um reajuste de 3,62% para os funcionários do Executivo do governo de Minas Gerais. Esse aumento impactará 75% dos servidores que ganham até quatro salários mínimos, com ajustes que variam conforme a faixa salarial. Por exemplo, aqueles que ganham um mínimo (R$ 1.412) receberão um acréscimo de R$ 51,11, enquanto os que têm vencimentos de cerca de R$ 5,6 mil terão um aumento de R$ 202,72. Servidores com salários de R$ 11,2 mil terão um incremento de R$ 405,44 e os que ganham mais de 16 mínimos terão um reajuste de, pelo menos, R$ 814,50.
Considerando os diversos órgãos do governo mineiro, 12 de 51 são fundações com salários geralmente baixos, que não ultrapassam os R$ 5,6 mil, particularmente nas áreas de educação e saúde. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) é um exemplo, com 76,4% de seus empregados recebendo dentro desta faixa. Em contraste, a Fundação João Pinheiro se destaca com cerca de 30% de seus funcionários ganhando entre oito e 16 salários mínimos.
As negociações também incluem ajustes na contribuição dos servidores das forças de segurança ao Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM), com uma proposta de aumento de 10,5% para 13,5% da alíquota, destinado a melhorar o financiamento dos hospitais militares.
Segundo o governo de Minas, os salários dos servidores “seguem diretrizes de legislações próprias de cada categoria”. O estado ressalta que os pisos são definidos nacionalmente e que o pagamento do piso nacional da educação está atualizado. Com o reajuste proposto, o vencimento básico inicial dos professores, por exemplo, passará de R$ 2.652,22 para R$ 2.748,34 para jornadas de 24 horas semanais.
Enquanto isso, outras esferas do governo, como o Legislativo e o Judiciário, receberam aumentos superiores, variando entre 3,93% e 4,62%. Essa disparidade nos reajustes entre os diferentes poderes destaca as complexidades e desafios dentro da estrutura salarial do serviço público estadual.