Em uma recente entrevista à CNN, o governador Romeu Zema (Novo) reafirmou sua posição de que a decisão de se vacinar deve ser uma escolha pessoal, aplicável também aos estudantes. “Toda criança tem direito de frequentar a escola”, afirmou Zema. “Ela vai aprender ciência para que, no futuro, possa decidir se quer ser vacinada ou não”.

Zema recebe medalha de Mérito Legislativo

Durante sua visita à capital federal, onde recebeu uma medalha de reconhecimento de Mérito Legislativo na Câmara dos Deputados, Zema foi questionado pela repórter Marina Demori sobre a vacinação nas escolas. Acompanhado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e pelo senador Cleitinho (Republicanos-MG), o governador reiterou que os alunos, vacinados ou não, deveriam ter acesso às escolas.

Zema argumentou à CNN que se trata de uma questão de “liberdade”. Ele contou que, apesar de ele, seus filhos e o restante da família estarem vacinados, respeitam a decisão individual de quem opta por não se vacinar. “Eu sou um liberal e tenho que respeitar isso”, declarou o governador. “Em Minas Gerais a escola está aberta para todos e vamos mostrar que a vacina é importante. Mesmo assim, se alguém não quiser, é uma opção individual”.

Controvérsia sobre a vacinação obrigatória

Ao ser questionado se a falta de obrigatoriedade da vacina nas escolas poderia deixar as crianças mais vulneráveis, o governador respondeu que cada um tem o direito de decidir qual é o melhor tratamento para si.

A vacinação obrigatória está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com o parágrafo 14 do estatuto, “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”. No entanto, o governador não especificou se essa medida se aplicaria apenas à vacina Covid-19 ou a todo o calendário de vacinação infantil.