A arte brasileira é insuperável

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Ainda estamos relativamente longe do meio do ano, mas já podemos dizer que o prêmio anual de vergonha alheia pode ser entregue ao vice-presidente Geraldo Alckmin. O que estava passando na cabeça dele ao usar o emblemático boné da CUT? Não sei se o sorriso de canto da boca era para abafar o constrangimento, se é que existe algum, ou se era para compor a cena de um quadro digno do período surrealista.

Aliás, se vivos fossem, Dalí, Picasso ou Miró mudariam para o Brasil em busca de material fértil para suas obras. É surreal que , na mesma semana, os brasileiros testemunhem que já se matou mais de dengue neste ano do que todo o período do ano passado e que também o grau de investimento por aqui seja elevado por uma renomada agência internacional. Como explica isto para o mundo? Podem trazer seu dinheiro para cá que daremos retorno esperado, apesar de não conseguirmos gerenciar o prazo de validade das nossas vacinas. Por falar nelas, onde anda a comoção nacional? Também temos talento por escolher as nossas bandeiras.

Quem não tem talento é a equipe de comunicação do nosso governador Zema. Sua agenda pouco produtiva continua imperando nas suas redes sociais, em meio a negociação mais importante do estado dos últimos tempos. É preciso mostrar aos envolvidos que Minas trabalha duro para encontrar uma solução. Não vejo agenda para tratar do assunto da dívida com a União, o tempo está passando e está na cara de que não haverá mais prorrogação.

A rede social e a agenda de Zema não passam de uma expressão parcial e barata do Dadaísmo. Veio para eliminar a estética do político convencional, fica criticando o comunismo e desafiando a ciência. Só falta postar uma foto lavando sua louça, enquanto faz academia, reunido com produtores de doce de leite do vale do mucuri, passando o próprio café. Fazer o que realmente precisa, não faz.

Mas, a grande obra de arte da semana, vai para o aniversário de 94 anos do ex-presidente José Sarney. Eu vou procurar ainda um pintor que se inspira em Jacques Louis David, artista francês neoclássico que pintou toda trajetória de Napoleão e a corte francesa, para registrar em tela gigante, pintada a óleo, os políticos presentes.

Vou pedir pinceladas fartas e realistas para colocar no mesmo quadro figuras como Alckmin, Haddad, Padilha, Fufuca, Jader Filho, Dino, Zanin, Mendonça, Lira, Rossi, Eunicio, Gleisi, Lindenberg, Tibé, Crivella, Pacheco, Ranfolf, Renan, Aras, Lobão, Zé Dirceu, Kátia Abreu e Luis Estevão. Na vernissage, esta “masterpiece” tupiniquim ficará exposta ao lado do Palhaço de Renoir, representando todos nós brasileiros.

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