Desastres no RS evidenciam despreparo do estado brasileiro, diz Pacheco

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destaca a urgência de medidas preventivas após tragédia no Rio Grande do Sul

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou nesta terça-feira (6) a deficiência do estado brasileiro em desenvolver estratégias eficazes de prevenção a tragédias climáticas. Esta declaração ocorre em um momento crítico, enquanto o Rio Grande do Sul contabiliza severos prejuízos humanos e materiais causados pelas chuvas recentes, que já resultaram em pelo menos 85 mortos.

Em uma entrevista concedida à Globonews, Pacheco expressou preocupação com o recorrente despreparo nas ações preventivas diante de catástrofes naturais. “Temos problemas na educação, na área de segurança, na área de saúde e temos um problema de fato de prevenção a acidentes e esses eventos de tragédias climáticas, que quando a gente se deparar com situações desse tipo, como aconteceu no Rio de Janeiro, em Minas, e agora no Rio Grande do Sul, isso nos impõe de fato uma grande responsabilidade”, afirmou o senador.

Medidas urgentes propostas

Pacheco listou uma série de iniciativas que precisam ser adotadas para enfrentar tais desafios. Entre elas, a regulamentação de um amplo plano de prevenção pela Defesa Civil. “Então a regulamentação de um grande plano da Defesa Civil, o envolvimento das instituições, os recursos para Forças Armadas, tudo isso demonstra a necessidade de que isso aconteça para que tenhamos minimização de impactos nessas eventualidades”, explicou.

Segundo dados recentes da Defesa Civil, o desastre afetou 385 municípios gaúchos, impactando diretamente 1.178.226 pessoas. O relatório aponta ainda 339 feridos, 47.676 pessoas abrigadas e 153.824 desalojadas devido às enchentes e deslizamentos.

No decorrer da entrevista, o presidente do Senado relembrou a histórica enchente de 1941, que assolou o estado, e alertou para a possibilidade de novos eventos similares no futuro. “O estado brasileiro tem que estar preparado para isso. Para isso eu tenho que ter planejamento, regulamentação e recursos orçamentários. De fato há um déficit em relação a esse tema que precisa ser corrigido pelo estado brasileiro”, concluiu Pacheco.

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