O PL 226/2024, apresentado pelo ex-senador e atual ministro do Supremo, Flávio Dino, detalha critérios para a prisão preventiva
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O PL 226/2024, apresentado pelo ex-senador e atual ministro do Supremo, Flávio Dino, detalha critérios para a prisão preventiva
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Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado, declarou na última terça-feira (26) que o Projeto de Lei (PL) 226/2024 deve ter progresso na casa. O PL, que estabelece parâmetros para a prisão preventiva, foi proposto no mês anterior pelo então senador Flávio Dino, agora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ontem, Pacheco se reuniu com governadores das regiões Sul e Sudeste, que trouxeram propostas referentes aos sistemas de Justiça, Segurança Pública e Penitenciário, além de estratégias de combate ao crime organizado. “Achei as propostas bastante palatáveis, lúcidas, dentro de propostas que são possíveis de fato serem implementadas”, afirmou Pacheco.
De acordo com o Código de Processo Penal (CPP), a prisão preventiva é aplicada para assegurar a ordem pública ou econômica e para garantir a instrução criminal. Ela também pode ser adotada quando existem evidências do crime e indícios suficientes de autoria, ou quando a liberdade do investigado possa gerar perigo. O PL 226/2024 aborda esta última situação prevista para a decretação da prisão preventiva.
Na proposta, Dino sugere quatro critérios para o juiz determinar se o grau de periculosidade do investigado é uma ameaça à ordem pública: modus operandi (uso constante de violência ou grave ameaça); envolvimento em organização criminosa; natureza, quantidade e variedade de drogas, armas ou munições apreendidas; e existência de outros inquéritos e ações penais em curso.
“Essa habitualidade criminosa, essa soma constante de crimes de frequência e essas audiências de custódia possam ensejar como requisito de prisão preventiva, a custódia dessa pessoa que está se identificando que ela não tem condição de conviver em sociedade, pelo menos naquele momento”, explicou Pacheco.
Para o presidente do Senado, o projeto parece razoável e deve ser encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa. Segundo ele, o acordo atual é que o projeto seja relatado pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
“Então, esse é um projeto que parece razoável, nós vamos tramitar na CCJ. A princípio, o acordo que foi feito é o projeto de autoria do ministro e senador Flávio Dino, relatado pelo senador Sergio Moro, de modo que, veja, dois senadores de campos diferentes, de lados políticos diferentes que se somaram numa proposta que considero importante para o sistema de Justiça”, concluiu Pacheco.